No domingo, principal partido de oposição demitiu todos os seus membros, agravando a crise política no país
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Mesmo após dissolver o Parlamento e anunciar ontem que o país terá eleições antecipadas --dentro de 60 dias--, a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, não conseguiu apaziguar os cerca de 140 mil manifestantes que continuam a exigir a renúncia do governo.
Mesmo após o anúncio da chefe de governo, o líder do movimento de oposição, Suthep Thaugsuban, apelou a seus apoiadores que continuem a luta.
"Meus partidários querem mais do que a dissolução do Parlamento", disse Thaugsuban, que se vê em posição forte depois que milhares de manifestantes saíram novamente às ruas da capital, Bancoc.
Shinawatra apresentou a dissolução do Parlamento para a aprovação do rei.
Após o governo anunciar novas eleições, Washington reagiu afirmando que apoia fortemente o processo democrático na Tailândia, "um país aliado e amigo".
"A convocação de eleições é um modo de avançar em meio às tensões políticas e aos protestos", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
O principal partido de oposição anunciou no domingo a demissão de todos os seus membros, agravando ainda mais a crise política que atinge o país há várias semanas.
Os manifestantes também querem se livrar do que chamam "sistema de Thaksin", nome do irmão de Yingluck, ex-primeiro-ministro deposto em um golpe de Estado em 2006 e que, apesar de seu exílio, permanece no centro da política no reino.
Ontem, manifestantes marcharam por várias ruas da capital em direção a área onde ficam os principais edifícios governamentais.
Os protestos começaram após um projeto de lei de anistia para que o irmão da primeira-ministra escape das condenações por malversação de fundos públicos.
Protestos já chegaram a reunir 180 mil pessoas.
- Fonte: Folha, 10.12.13.
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